14 dezembro, 2007

Riocidade



às rachaduras da cidade, uma tarde, o cavalo relincha.

um lindo cavalo marrom com quase-estrela aparece. e os carros estão parados.
quase desaparecem.desapareceram sim.
buzinas.


outros cavalos trotam sem que tenham nomes citados aqui. estrela branca pára um pouco.

muito sol naquela tarde ressurgido do céu

no ônibus um rapaz feio muito-lindo, com olhos bem abertos,brancos, sob a aba do boné,sentado num banco. olha para além de si,talvez um dia se espere. além do teto do ônibus. naquele ônibus cheio como pessoas o dia inteiro em todos os outros ônibus podem estar também agora.

o céu deve tê-lo conhecido menino. ele sinaliza inquietos olhos tranquilos. seus olhos abertos longe, e dentro doÔNIBUS.

estrela quase branca espera.

talvez um dia, numa linha esteja como os cavalos que correm e longe estão aqui.sabe. os carros ocupam todas as ruas sim mas olhos puros, todos e quaisquer viam